
Uma equipa de 10 cientistas internacionais viajará para a cidade chinesa de Wuhan no próximo mês para investigar as origens do Covid-19, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A China não se opôs a uma investigação independente, embora a OMS tenha vindo a negociar o acesso à cidade durante vários meses. Pensa-se que o vírus tenha vindo de um mercado na cidade que vendia animais.
Mas a procura da fonte levou a tensões, nomeadamente com os EUA. A administração do Presidente Donald Trump acusou a China de tentar esconder o surto inicial.
Um biólogo da equipa disse à agência noticiosa Associated Press que a OMS não estava a tentar atribuir culpas, mas sim a evitar futuros surtos.
“Não se trata realmente de encontrar um país culpado”, disse Fabian Leendertz, do Instituto Robert Koch.
“Trata-se de tentar compreender o que aconteceu e depois ver se, com base nesses dados, podemos tentar reduzir o risco no futuro”.
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O Dr. Leendertz disse que o objectivo era descobrir quando o vírus começou a circular e se tinha ou não origem em Wuhan.
A missão deveria durar quatro ou cinco semanas, acrescentou.
Nos primeiros dias do vírus, o vírus foi rastreado até um chamado “mercado húmido” em Wuhan, e foi sugerido que foi aqui que ele deu o salto dos animais para os humanos. Mas os especialistas acreditam agora que pode ter sido simplesmente amplificado lá.
Relatórios nos meios de comunicação chineses sugeriram recentemente que o Covid-19 poderia ter começado fora da China.
Mas os analistas dizem que os relatórios não têm fundamento, e a campanha reflecte a ansiedade dentro da liderança em Pequim sobre os danos causados à reputação internacional do país pela pandemia.